sábado, 6 de julho de 2013

Estiagem



Para viver
Com você
Eu tranco a casa
E o coração
Pode ser que sejas meu
Pode ser que não
Quando paro
Para lembrar
Sinto forte
O cheiro
Da tua respirção
Tenho a sorte
De por vezes
Não te ter
Portanto tenho
(E temo tanto)
A morte
De você
Que ja nasceu
Velho
E eu
Não sei de onde
Veio
O seu palpite
Então nos fazemos
Interrogação
Não sei se ontem
Ou se semana passada
Sua veia
Pulsva no compasso
Do meu coração
Pode ser que não
Tento o toque
Da pele que me engole
E perto e próximo permite
A única
A última possibilidade
De compreensão
Posto que a palavra falada
Não nos serve de nada
E mergulhada nos mundos
Nos braços
Nos laços
Embaraços seus
Me ponho atenta
Te olho e percebo
Trinco os dentes
E desapego
Te vejo mudo
Para me fazer
Entender que isso
Tudo pode
Ser um pedido
De adeus.





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