quinta-feira, 28 de março de 2013

Vovô Ney



O Rio pede um assovio
Ipanema passeia sussurrando
a sua melodia
O sopro de vida
que passa como brisa
por entre cabelos, sacolas, sacadas, saias e bigode
é você trazendo sorte
Os doces da esquina,
O sorriso da menina,
O mar quebrando forte,
O pedalinho da Lagoa,
Tudo faz lembrar
aquela piada boa
Que eu nunca entendi
E agora você ri
Ao me ver perceber que
você virou luzinha de Paracambi.
-Vô, o moço da loja de relógio perguntou por você
Disse que ouviu dizer
Por aí, assim, sem querer
Que por lá você não mais passava
Evaporado, nesse mundo já não estava.
-Bobagem, moço da loja de relógio
Mas é óbvio!
Deve haver algum engano!
Toque suave as teclas do piano
e você sentirá um arrepio.
O Rio perde um assovio.

2 comentários:

  1. Muito linda a homenagem da menina.
    Mando um poema feito na minha Ipanema, há várias. A do Vovô Ney é encantadora.
    beijos

    Ipanema

    As circunstâncias
    Me obrigaram a acordar cedo.
    Mas posso ver o sol se pondo
    E sentir a brisa do tempo.

    As circunstâncias
    Me forçaram a trabalhar
    Até tarde.
    Mas vejo o sol nascer
    Quando me dá vontade.

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