sábado, 12 de maio de 2012

Do desorganismo III

Quando já não há
lugar, pedra, casa, coração
ainda resta o vazio
Quando não se sabe mais
se sim, se não:
a possibilidade da interrogação.

Fez-se luz a lua
no limite do enquanto.

Quando não há depois
Desconstroi-se o resto
de coisa nenhuma.
Não tem porque.
Não tem razão.

Um comentário:

  1. A lua mirou como alvo,
    Atirando sua luz num castelo,
    Atingindo duas almas perdidas,
    Por um mesmo elo.

    Caos,
    Não é palavra.
    É sensação perplexa,
    Que nasce no peito,
    Como um tapa,
    Que escorre por todo o corpo,
    Como fumaça, tragada, rasgada.

    A leoa ferida,
    Descontou sua sorte de vida,
    Numa noite de morte.
    Acordando Perdida,
    Aceitou ser lambida,
    Por uma girafa de sorte.

    Corte, dor, sorriso, paixão,
    catarro, gatos, pus, sofrimento.
    Ansiedade, mudança, coriza, admiração,
    Mais gatos, loucura, chorume, excremento.

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