Ela se esconde e se apaga
Se traga e se abafa
Se afunda no escuro
Rói as unhas para parar de sentir,
Se ausenta de si.
Ela te atravessa e some
Ela não sabe o que fazer
Se cansa e não para
Se casa e consome
Os corpos de um nos múltiplos
Ela ama na ausência
Cisma, sofre e vai
...num sempre último sopro
E ressurge das cinzas
Que sobram dos cigarros
Acesos na brasa de cada ansiedade
Ela se morde e se afaga
Ela se trai
Se esconde nos gritos e se dá no que sobra
Ela se estica e sorri
Ela sobe e se joga
Ela não sabe de si
E se perde a cada estação
Ela finca os pés na terra
Ela atravessa o chão
Ela dança para cima
Se envolve em serpentinas
E sempre de repente,
Sem aviso
Ela se acaba.
Bia Machado
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